Brasileira processa jornalista norte-americano

Rosane Gutjhar, viúva de uma das vítimas do acidente com o vôo 1907, iniciou uma ação de indenização contra o jornalista norte-americano Joseph M. Sharkey.
Agência Consciência.Net; clique aqui


Curitiba, 14/10/2008 – Rosane Gutjhar, viúva de Rolf Ferdinando Gutjhar, uma das vítimas do acidente com o vôo 1907, ocorrido em 29 de setembro de 2006, iniciou uma ação de indenização por danos morais contra o jornalista norte-americano Joseph M. Sharkey.

Ele, sendo um dos passageiros do jato Legacy, que colidiu com o Boeing 737-800 da empresa Gol Linhas Aéreas, e possuindo grande influência na mídia, lançou uma campanha subliminar em seu blog na internet em prol dos pilotos do jato, a fim de comover seu país a impedir o retorno dos pilotos ao Brasil. “Tal fato, por si só, não seria reprovável, mas o jornalista iniciou ataques pessoais ao presidente do Brasil, controladores do tráfego aéreo e outras personalidades nacionais e, de forma reiterada e incisiva, ele passou a proferir ofensas a todo e qualquer brasileiro, de maneira indiscriminada”, explica Oscar Fleischfresser, um dos advogados responsáveis pela ação.

Segundo o advogado, a viúva Rosane Gutjhar, além de perder seu marido de maneira trágica, sente-se discriminada pelo tratamento dedicado aos réus norte-americanos no processo criminal que corre no Brasil e ainda é publicamente atacada por Joseph Sharkey, junto com os demais brasileiros. “Nada justifica as palavras divulgadas por ele contra todos os brasileiros, comparando-nos com os ‘Três Patetas’, nos chamando de ‘idiotas’, ‘país arcaico’, ‘terra de tupiniquins’ e de ‘bananas’, que o ‘Brasil é um país de carnaval, bananas, ladrão e prostitutas’, dentre outros ataques. O que eu quero, dele, é uma retratação”, comenta Rosane.

Segundo Rosane, até Santos Dumont foi utilizado por Sharkey para ferir o brio dos brasileiros. “Ele afirma que o patrono da aviação só conseguiu seus feitos por não morar no Brasil”, diz ela.

O presidente Lula também foi mencionado pelo jornalista como “Lula e seus 40.000 ladrões” e a Justiça brasileira foi atacada por ser ‘morosa, da selva, kafkaniana, na qual os juízes e advogados desconhecem a Lei, não respeitam seus jurisdicionados’. “Com tudo isso, não houve como Rosane se calar e vestir a carapuça com todos esses ataques, sem exigir uma reparação. Ela espera que a justiça seja feita em relação a todos os culpados”, diz Fleischfresser. “Só uma reparação restaurará a dignidade à autora, não pelo valor pecuniário, mas para atestar ao jornalista norte-americano que no Brasil também os erros são punidos, há justiça”, avalia o advogado.

No pedido do advogado, protocolado na Vara Civil de Curitiba, há sugestão de se ter como parâmetro para a indenização pelos danos extrapatrimoniais, valores semelhantes aqueles pelos quais o jornalista seria condenado em seu próprio país. “Isso como meio de coibir, efetivamente, a conduta ilícita e danosa do mesmo, em detrimento da viúva e demais cidadãos brasileiros. O outro pedido é que haja uma determinação judicial para que ele se desculpe com todos os cidadãos brasileiros, nos mesmos meios de comunicação por ele utilizados”, conclui Fleischfresser.

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