Viagens internacionais e transparência pública

Nós brasileiros temos que nos acostumar a cobrar resultados. Uma viagem com bons motivos e bem organizada pode render ótimos frutos para o país. Todavia deve haver transparência, antes, durante e depois das viagens, com prestação de contas dos gastos via internet. Do Blog do Chicão.

Os governadores do Brasil viajaram para fora do país muitas vezes, ao todo passaram fora do país mais de 373 dias. O gov. Luiz Henrique de Santa Catarina viajou durante 42 dias. O gov. José Serra viajou durante 27 dias. O gov. Aécio viajou durante 20 dias.

Não repetirei aqui no blog o jogo da “indignação”, na qual as pessoas ficam indignadas sem nem saber o porque das viagens.

Faço algumas ponderações:

- É público o que eles foram fazer no exterior?
- É razoável o que eles gastaram? Quanto gastaram?
- Quais os resultados práticos destas visitas?

Nós brasileiros temos que nos acostumar a cobrar resultados. Uma viagem com bons motivos e bem organizada pode render ótimos frutos para o país. Todavia deve haver transparência, antes, durante e depois das viagens, com prestação de contas dos gastos via internet.

Por exemplo: o gov. José Serra ficou vários dias, acompanhados por acessores, na Suíça. O site de notícias do Paulo Henrique Amorim perguntou para a acessoria do governador sobre os motivos relevantes de ficar tantos dias na Suíça. Está até hoje sem respostas.

Isto é ruim.

A informação no Brasil deve ser transparente. Muitos políticos tem medo da informação transparente. Porque com ela podem ser cobrados com mais efetividade.

Existe um outro medo: o ataque indiscriminado. É o que está acontecendo com os gastos do governo federal, que alguns elevaram à categoria de farra. O governo federal está de parabéns em colocar os gastos de forma clara e transparente. Hoje se sabe até onde um ministro almoça quando está em viagem.

Isto é bom. Devemos valorizar esta transparência. Um ministro foi a um seminário sobre pesca em Ribeirão Preto. Almoçou em um restaurante conhecido pelo seu chopp. A manchete foi: cartões do governo pagam até conta em choperia.

Observem bem: Em qual governo alguém saberia onde, quando e quanto um ministro gastou em um restaurante? Isto é bom. De posse das informações devemos agir com responsabilidade nas cobranças, dando oportunidade de explicação para as pessoas e dando o mesmo peso na divulgação da notícia. O risco de manchetes sensacionalista como esta é fazer com que governadores e prefeitos tenham medo de seguir o exemplo do governo Lula.

Onde almoçaram o gov. Serra e sua comitiva nos vários dias em que ficaram na Suíça? Em que restaurantes foram? Quanto gastaram? Ninguém sabe. É um segredo. O mesmo questionamento vale para todos os outros governadores e prefeitos.

Transparência dos gastos exige responsabilidades das pessoas.

O IBGE realizou no ano passado o senso agropecuário do Brasil. Os entrevistadores foram para os lugares mais remotos do país, sempre em área rural. Houve vários saques em dinheiro por parte do IBGE para prover dinheiro em espécie para seus funcionários que iam para áreas rurais, muitas delas sem energia elétrica, sem estradas, etc. Lugares ermos, de difícil acesso. Onde o mais recomendado era uso de dinheiro em espécie.

Pois bem, este fato está sendo divulgado como um sinal de corrupção do governo federal. Ao contrário é um sinal de transparência e de probidade administrativa. Este não foi o primeiro senso agropecuário feito no Brasil. Nos vários outros os entrevistadores também eram obrigados a usar dinheiro.

O que há de diferente?

O que há de diferente é a transparência. É a possibilidade de todos saberem e todos poderem contribuir com suas idéias e cobranças, para que haja aprimoramento e cada vez menos desperdício.

O que há de diferente é a transparência. Hoje sabemos quanto foi sacado. Sabemos quem sacou. Sabemos quando foi sacado. Sabemos com que objetivo. Isto é bom. É uma vitória do povo brasileiro. Devemos exigir a mesma atitude dos governos estaduais e municipais.

Não podemos permitir que forças que querem negativizar dominem nossas mentes. Para ser livre devemos estar atentos a realidade. Não podemos julgar por impulso. Principalmente sabendo que a grande mídia quer nos manipular.

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