ONU apura torturas israelenses

Celso Lungaretti

Especialistas em direitos humanos da Organização das Nações Unidas estão investigando as denúncias de torturas praticadas por Israel contra palestinos na chamada instalação 1931.

As informações que lhes chegaram ao conhecimento são de que:
  • trata-se de um centro de detenção secreto, situado em “local indeterminado de Israel e inacessível para o Comitê Internacional da Cruz Vermelha”;
  • nele ocorrem torturas e maus tratos, além das condições de detenção serem deficientes.
A resposta que receberam, por escrito, seria cômica se não fosse trágica: Israel afirmou que não usa esse centro "há anos".

Ou seja, nem sequer negou tratar-se de um centro de torturas, pois percebeu que a mentira seria dura de engolir: para que um país mantém prisioneiros em instalações clandestinas, se não para fazer o que não pode ser feito às claras?

Então, Israel saiu pela tangente. A resposta que deu pode ser traduzida para "torturava antes, mas agora não torturo mais". Acredite quem quiser.

De resto, desta vez o estado judeu não pode ser acusado de estar copiando os métodos que a Alemanha nazista utilizava contra os próprios judeus: naquele tempo não se ocultavam os campos de concentração.

O know-how de torturar opositores do regime em centros clandestinos é latino-americano. No Brasil, o mais conhecido foi a Casa da Morte de Petrópolis (RJ), palco do suplício e execução dos meus estimados companheiros José Raimundo da Costa e Heleny Ferreira Telles Guariba, dentre outros.

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