Comentário: História e fotografia


Gustavo Barreto, da redação - Errol Morris é um dos maiores cineastas (na verdade, um filmmaker) americanos no gênero documentário. A edição de março/abril da Columbia Journalism Review traz matéria sobre o autor. Recentemente, Morris lançou Zoom, uma ambiciosa série de ensaios para o site do New York Times que examina a habilidade dos fotógrafos em revelar verdades sobre o mundo.

“Quando analiso biografias e a História, imagino se não poderíamos pensar o assunto de uma outra forma”. Ele argumenta na entrevista abaixo que é discutível a construção início-meio-fim. “E se pudéssemos pensar a História a partir de um ponto específico. Por meio de uma fotografia, por exemplo”. Ele completa que raramente se olha para além do que uma fotografia pode apresentar. A maioria das pessoas quer acreditar que sabe exatamente o que há numa fotografia.

Passa por outros temas, como a suposta subjetividade da verdade, a intuição humana e seu papel no mundo e o jornalismo. Sobre este: “Nós andamos pelo mundo, não é o mundo que anda dentro de nós”. Ele defende com profundidade aquilo que “realmente acontece”, que “está lá fora”, e diz ficar intrigado quando tenta imaginar “o que as pessoas estavam pensando” a partir de suas expressões na fotografia.

A matéria é de Michael Meyer aqui e o vídeo, abaixo, de Malcolm Murray.

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