O conhecidíssimo escritor, filósofo, terapeuta comunitário, poeta e sociólogo colunista de Consciência, partilha com os/as leitores/as do jornal, estas reflexões:
O dia de não dar certo. Vou pra aula de pilates e não tem. O horário era outro. Deixo o carro na vaga de outro cliente que, impaciente, espreita. Chego em casa bem, graças a Deus. Vou procurar cimento na loja de construção, e não tem. O dono se alonga em considerações diversas que não vem ao caso repetir aqui, e tenho que deixá-lo, uma vez que meu cunhado esperava em casa o cimento, e tinha de ir procurá-lo em outra loja. Fechada, mas a dona ia chegando, e foi abrindo. Tinha cimento, mas não os ajudantes para carregá-lo no carro. Carregá-lo no carro, as coisas começam a melhorar. Quando as rimas vem, tudo está bem. Ia continuar com ladainhas queixumentas que, meio de brincadeira, meio a sério, pretendiam dizer que nada dera certo hoje, mas o certo é que tudo está certo,embora pareça que nada está dando certo. Está certo? Minha cunhada me ajudou a por o sofá ao sol, pra tirar o bolor. Meu cunhado chapisca a parede enquanto escrevo estas palavras que lês, querido leitor/a. A internet anda devagar quase parando. Cheguei em casa da minha namorada depois que ela se fora. O suporte técnico me deixou falando sozinho ao telefone. Mas um reembolso que estava esperando para sarar as minhas finanças neste árduo mês de abril, chegou antes do esperado. Terminei uma tradução que me deu muito prazer. E agora, após um almoço caseiro e alguns minutos de distração na televisão, estou pronto para encerrar a parte da manhã deste dia que, embora parecesse o dia de nada dar certo, está tudo certo. Está certo? Está, sim.
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