A mídia supostamente denuncia os atentados (aos olhos de alguns), mas continua com pressupostos absolutamente estranhos. Rotulam de “radicais” o Hamas, mas não Israel, que já assassinou 500 pessoas em dez dias, segundo dados conservadores oficiais. Muitas crianças. Muitas mulheres. Muitos inocentes.
Por fazer isso – uma política equivocada, que não resolve conforme demonstram as lições “esquecidas” História, e uma política neonazista, de extermínio étnico –, Israel não é tachado de “radical” pelos telejornais.
Uma pena que até na GloboNews (por exemplo), em que sempre aparecem historiadores e sociólogos um pouco mais inteligentes, principalmente no programa Milênio e em documentários comprados de emissoras estrangeiras, eles dêem este tratamento vergonhoso à informação, bem tão precioso em tempos de guerra.
Pelo contrário. A apresentadora do noticiário econômico quase sorri ao informar que os conflitos em Israel fizeram a Bovespa fechar em alta. O economista ouvido por este canal nesta segunda (5/9) – sempre um neoliberal – confirma taxativamente: as ações da Petrobras estão “bombando” no mercado financeiro. É como se dissessem: “Dane-se o ser humano”.
Os comentários são feitos de forma totalmente descomprometida: não se tratam de seres humanos. Existem apenas variações de commodities devido à variação de “fatores externos”, entre eles o extermínio étnico de um povo. A apresentadora não acha isso anormal: ela comemora o ano de 2009, que “surpreendeu” com todos estes “indicadores positivos”.
Diante deste cenário sombrio na imprensa brasileira, conforme qualquer cidadão um pouco mais humanista pode acompanhar diariamente, a partir do seu senso crítico, só resta protestarmos e retomarmos o pensamento de Sófocles (495 a.C.–406 a.C), dramaturgo grego: “Onde convocar forças para derrubar a injustiça e a tirania quando cidadãos respeitáveis se calam?”
Por fazer isso – uma política equivocada, que não resolve conforme demonstram as lições “esquecidas” História, e uma política neonazista, de extermínio étnico –, Israel não é tachado de “radical” pelos telejornais.
Uma pena que até na GloboNews (por exemplo), em que sempre aparecem historiadores e sociólogos um pouco mais inteligentes, principalmente no programa Milênio e em documentários comprados de emissoras estrangeiras, eles dêem este tratamento vergonhoso à informação, bem tão precioso em tempos de guerra.
Pelo contrário. A apresentadora do noticiário econômico quase sorri ao informar que os conflitos em Israel fizeram a Bovespa fechar em alta. O economista ouvido por este canal nesta segunda (5/9) – sempre um neoliberal – confirma taxativamente: as ações da Petrobras estão “bombando” no mercado financeiro. É como se dissessem: “Dane-se o ser humano”.
Os comentários são feitos de forma totalmente descomprometida: não se tratam de seres humanos. Existem apenas variações de commodities devido à variação de “fatores externos”, entre eles o extermínio étnico de um povo. A apresentadora não acha isso anormal: ela comemora o ano de 2009, que “surpreendeu” com todos estes “indicadores positivos”.
Diante deste cenário sombrio na imprensa brasileira, conforme qualquer cidadão um pouco mais humanista pode acompanhar diariamente, a partir do seu senso crítico, só resta protestarmos e retomarmos o pensamento de Sófocles (495 a.C.–406 a.C), dramaturgo grego: “Onde convocar forças para derrubar a injustiça e a tirania quando cidadãos respeitáveis se calam?”
(*) Outros textos sobre os ataques à Faixa de Gaza em www.consciencia.net
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