Ato ecumênico em antiga área da Syngenta Seeds homenageia Keno

Cerca de oitocentas pessoas ligados à Via Campesina do Paraná, movimentos sociais e entidades participaram de um ato ecumênico para lembrar a morte de Valmir Mota de Oliveira, o Keno, que completou um ano no dia 21 de outubro. Eles saíram em caminhada do Acampamento Terra Livre, localizado no Assentamento Olga Benário, em direção à área onde aconteceu o assassinato, antes pertencente à Syngenta Seeds.

Uma cruz de cedro foi colocada no local para lembrar a morte de Keno. Dentro da fazenda, eles realizaram um ato ecumênico com a participação do integrante do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Padre Diego Pelizzari, e do reverendo da Igreja Episcopal Anglicana de Cascavel (PR), Luiz Carlos Gabas. Além de homenagear Keno, o ato também teve o objetivo de cobrar a punição dos responsáveis pela morte do trabalhador rural.

A Brigada de Audiovisual da Via Campesina produziu um documentário sobre o assassinato de Valmir Mota de Oliveira. “Nem um minuto de silêncio! Fora Syngenta do Brasil!” está disponível clicando aqui.

Assassinato de Valmir Mota de Oliveira completa um ano

Há um ano, em 21 de outubro de 2007, uma milícia armada travestida de empresa de segurança assassinou o trabalhador rural sem terra Valmir Mota de Oliveira durante a ocupação da transnacional Syngenta Seeds, em Santa Tereza do Oeste, no Paraná. O assassinato de Keno, apelido pelo qual ele era conhecido, tornou-se símbolo da luta do homem do campo contra as empresas estrangeiras símbolos do agronegócio.

Protestos contra o assassinato e manifestações de apoio à família de Keno estenderam-se por todo o mundo. Movimentos sociais contra transgênicos foram à Europa para um ato público em frente à sede francesa da Syngenta Seeds, localizada em Toulouse. No Brasil, trabalhadores rurais realizaram inúmeras manifestações para não deixar que os assassinos ficassem impunes. Clique no título para saber mais.

Em defesa dos direitos humanos: denúncias de violações envolvendo Syngenta e British American Tobacco são relatados à ONU

A organização de direitos humanos Terra de Direitos foi uma das fontes de informação, denunciando o envolvimento das transnacionais Syngenta e British American Tobacco em violações aos direitos à vida e à saúde.
Agência Consciência.Net; clique aqui


A Rede Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Civis lançou o “Relatório Coletivo sobre Empresas e Direitos Humanos”, entregue ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em junho deste ano.

O relatório se debruçou sobre 159 casos de 66 países. A organização de direitos humanos Terra de Direitos contribuiu com as informações nos casos das transnacionais Syngenta e British American Tobocaco. No caso Syngenta, o relatório mencionou a cumplicidade da empresa suíça no assassinato do Keno, líder do MST, no Paraná. A morte aconteceu “devido a arranjos de segurança com milícias armadas no campo brasileiro.” O envolvimento da empresa violou o direito à vida.

O relatório internacional também publicou as denúncias de Terra de Direitos contra empresa inglesa British American Tobacco e sua subsidiária brasileira, Souza Cruz. Os contratos entre as empresas e os agricultores familiares resultam em injustiças graves aos agricultores e seus filhos, que são forçados a trabalhar para pagar as dívidas da família à empresa. Além do trabalho infantil, os agricultores também sofrem problemas graves de saúde por causa dos agrotóxicos requeridos pela transnacional. Foram denunciadas à ONU essas violações dos direitos laborais e direito à saúde.

Outras ONGs brasileiras foram citadas no relatório, principalmente em casos de trabalho escravo, violações de direitos laborais, da direito à saúde, poluição do meio-ambiente, direitos dos indígenas, violações de direito à vida e despejos forçados.

O relatório está disponível em inglês clicando aqui.

Contato:
Terra de Direitos
Assessoria de Comunicação Social
Laura Bregenski Schühli
Des. Ermelino de Leão, 15, Cj. 72
Centro – Curitiba/PR – Brasil
Tel: +55 (41) 3232-4660 | (41) 8858-9600
http://www.terradedireitos.org.br


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Em defesa dos direitos humanos: denúncias de violações envolvendo Syngenta e British American Tobacco são relatados à ONU

A organização de direitos humanos Terra de Direitos foi uma das fontes de informação, denunciando o envolvimento das transnacionais Syngenta e British American Tobacco em violações aos direitos à vida e à saúde.
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A Rede Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Civis lançou o “Relatório Coletivo sobre Empresas e Direitos Humanos”, entregue ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em junho deste ano.

O relatório se debruçou sobre 159 casos de 66 países. A organização de direitos humanos Terra de Direitos contribuiu com as informações nos casos das transnacionais Syngenta e British American Tobocaco. No caso Syngenta, o relatório mencionou a cumplicidade da empresa suíça no assassinato do Keno, líder do MST, no Paraná. A morte aconteceu “devido a arranjos de segurança com milícias armadas no campo brasileiro.” O envolvimento da empresa violou o direito à vida.

O relatório internacional também publicou as denúncias de Terra de Direitos contra empresa inglesa British American Tobacco e sua subsidiária brasileira, Souza Cruz. Os contratos entre as empresas e os agricultores familiares resultam em injustiças graves aos agricultores e seus filhos, que são forçados a trabalhar para pagar as dívidas da família à empresa. Além do trabalho infantil, os agricultores também sofrem problemas graves de saúde por causa dos agrotóxicos requeridos pela transnacional. Foram denunciadas à ONU essas violações dos direitos laborais e direito à saúde.

Outras ONGs brasileiras foram citadas no relatório, principalmente em casos de trabalho escravo, violações de direitos laborais, da direito à saúde, poluição do meio-ambiente, direitos dos indígenas, violações de direito à vida e despejos forçados.

O relatório está disponível em inglês clicando aqui.

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Terror no Oeste do Paraná: Milícia Privada da Sociedade Rural e NF voltam a atacar trabalhadores sem terra

Pistoleiros destruíram lavouras, escola e até igreja, utilizando caminhão semelhante ao "caveirão". Da Terra de Direitos.
Agência Consciência.Net; clique aqui


Na madrugada desta quinta-feira, 08/05/2008, uma milícia privada atacou o acampamento do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), com mais de 150 famílias, localizado na BR 369, entre os municípios de Cascavel e Corbélia.

O ataque começou às 4h da manhã, quando homens fortemente armados invadiram o acampamento Primeiros Passos, com tratores e retro-escavadeiras, destruindo toda a plantação e estruturas do acampamento, inclusive uma escola e uma igreja. A milícia também chegou em um caminhão que possuía uma grade de ferro conhecida como quebra-mato, utilizada para destruir os barracões, e uma carroceria blindada com pequenas janelas, de onde efetuavam os disparos. Uma espécie de "caveirão" - um verdadeiro caveirão do agronegócio.

Mesmo com a chegada da Polícia, a milícia continuou o ataque. Com a chegada de reforço, dez pistoleiros foram presos em flagrante. Dentre elas estava Luciano Gomes Resende, um dos seguranças da empresa NF, que também presta serviços à Socieade Rural do Oeste do Paraná, acusado pelo ataque ao acampamento do MST na Fazenda da Syngenta, em outubro de 2007, onde foi assassinado o camponês Valmir Mota de Oliveira, e pelo despejo ilegal do acampamento do MLST na Fazenda Gasparetto, em abril do ano passado.

A região de Cascavel já é conhecida pela violência contra camponeses praticadas por esta milícia. Todavia, a certeza da impunidade, já demonstrada nos outros casos, fez com que as ações se tornassem mais ousadas e planejadas, inclusive com o uso de instrumentos mais sofisticados para as ações de destruição dos acampamentos e de terrorismo contra camponeses.

As reiteradas violações de direitos humanos praticadas contra os trabalhadores rurais sem terra na região de Cascavel estão sendo alvo de indignação das entidades da sociedade civil e da Igreja. O Arcebispo da Arquidiocese de Cascavel, Dom Mauro Aparecido dos Santos, foi até o acampamento prestar solidariedade às famílias e exigiu que os fatos fossem apurados e os mandantes responsabilizados.

"Vim até o local constatar o que aconteceu para que depois possamos cobrar dos órgãos responsáveis uma providência concreta. Não podemos deixar que esse fato de desrespeito à pessoa humana e às leis seja esquecido. Não podemos permitir que o Paraná se torne uma terra onde o que vale é a lei da bala e funcionários de empresa de segurança escondem a cara dos verdadeiros mandantes", declarou Dom Mauro Aparecido dos Santos.

Os agricultores, vítimas do ataque, passaram o dia sendo ouvidos pela polícia civil de Cascavel, enquanto 10 integrantes da milícia permaneciam presos. Numa demonstração de força e afronta, mais de 20 fazendeiros foram até a Delegacia para pressionar a polícia. As famílias que tiveram seus barracos destruídos permanecem no acampamento Primeiros Passos, próximo à Fazenda Bom Sucesso, de Orlando Carneiro, temendo que possam ser atacadas novamente. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná prometeu que vai manter policiais no local.

Curitiba, 08 de março de 2008.

Terra de Direitos
Contato: Gisele (41) 9916-3863


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Terror no Oeste do Paraná: Milícia Privada da Sociedade Rural e NF voltam a atacar trabalhadores sem terra

Pistoleiros destruíram lavouras, escola e até igreja, utilizando caminhão semelhante ao "caveirão". Da Terra de Direitos.
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Na madrugada desta quinta-feira, 08/05/2008, uma milícia privada atacou o acampamento do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), com mais de 150 famílias, localizado na BR 369, entre os municípios de Cascavel e Corbélia.

O ataque começou às 4h da manhã, quando homens fortemente armados invadiram o acampamento Primeiros Passos, com tratores e retro-escavadeiras, destruindo toda a plantação e estruturas do acampamento, inclusive uma escola e uma igreja. A milícia também chegou em um caminhão que possuía uma grade de ferro conhecida como quebra-mato, utilizada para destruir os barracões, e uma carroceria blindada com pequenas janelas, de onde efetuavam os disparos. Uma espécie de "caveirão" - um verdadeiro caveirão do agronegócio.

Mesmo com a chegada da Polícia, a milícia continuou o ataque. Com a chegada de reforço, dez pistoleiros foram presos em flagrante. Dentre elas estava Luciano Gomes Resende, um dos seguranças da empresa NF, que também presta serviços à Socieade Rural do Oeste do Paraná, acusado pelo ataque ao acampamento do MST na Fazenda da Syngenta, em outubro de 2007, onde foi assassinado o camponês Valmir Mota de Oliveira, e pelo despejo ilegal do acampamento do MLST na Fazenda Gasparetto, em abril do ano passado.

A região de Cascavel já é conhecida pela violência contra camponeses praticadas por esta milícia. Todavia, a certeza da impunidade, já demonstrada nos outros casos, fez com que as ações se tornassem mais ousadas e planejadas, inclusive com o uso de instrumentos mais sofisticados para as ações de destruição dos acampamentos e de terrorismo contra camponeses.

As reiteradas violações de direitos humanos praticadas contra os trabalhadores rurais sem terra na região de Cascavel estão sendo alvo de indignação das entidades da sociedade civil e da Igreja. O Arcebispo da Arquidiocese de Cascavel, Dom Mauro Aparecido dos Santos, foi até o acampamento prestar solidariedade às famílias e exigiu que os fatos fossem apurados e os mandantes responsabilizados.

"Vim até o local constatar o que aconteceu para que depois possamos cobrar dos órgãos responsáveis uma providência concreta. Não podemos deixar que esse fato de desrespeito à pessoa humana e às leis seja esquecido. Não podemos permitir que o Paraná se torne uma terra onde o que vale é a lei da bala e funcionários de empresa de segurança escondem a cara dos verdadeiros mandantes", declarou Dom Mauro Aparecido dos Santos.

Os agricultores, vítimas do ataque, passaram o dia sendo ouvidos pela polícia civil de Cascavel, enquanto 10 integrantes da milícia permaneciam presos. Numa demonstração de força e afronta, mais de 20 fazendeiros foram até a Delegacia para pressionar a polícia. As famílias que tiveram seus barracos destruídos permanecem no acampamento Primeiros Passos, próximo à Fazenda Bom Sucesso, de Orlando Carneiro, temendo que possam ser atacadas novamente. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná prometeu que vai manter policiais no local.

Curitiba, 08 de março de 2008.

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Terror no Oeste do Paraná: milícia privada volta a atacar trabalhadores sem terra

Na madrugada desta quinta-feira, 08/05/2008, uma milícia privada atacou o acampamento do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), com mais de 150 famílias, localizado na BR 369, entre os municípios de Cascavel e Corbélia. Pistoleiros destruíram lavouras, escola e até igreja, utilizando caminhão semelhante ao "caveirão". Clique no título para ler.

Próximo Tribunal Permanente dos Povos será em Lima

Após os tribunais de Russells, nos anos 70, o Tribunal Permanente dos Povos (TPP) ficou estabelecido na Carta de Direitos dos Povos em 1976, na Argélia. Foi formalmente inaugurado como um tribunal de opinião, com sede na Fundação Basso, em Bologna, na Itália, por juristas eminentes e comprometidos, ativistas de direitos humanos e vencedores de prêmios Nobel da Paz, entre outros. Próxima sessão será em Lima, no Peru, de 13 a 16 de maio. Diversas organizações do Brasil apresentarão denúncias contra algumas empresas. Conferência de imprensa apresenta relatos nesta quinta, dia 8 de maio, no Rio de Janeiro.
Agência Consciência.Net; clique aqui


Após os tribunais de Russells, nos anos de 1970, o Tribunal Permanente dos Povos (TPP) ficou estabelecido na Carta de Direitos dos Povos em 1976, na Argélia. Ele foi formalmente inaugurado como um tribunal de opinião, com sede na Fundação Basso, em Bologna, na Itália, por juristas eminentes e comprometidos, ativistas de direitos humanos e vencedores de prêmios Nobel da Paz, entre outros.

A próxima sessão do TPP será em Lima, no Peru, de 13 a 16 de maio, no marco de "Enlaçando Alternativas 3" - um encontro de organizações e movimentos sociais paralelo à Cúpula de Presidentes União Européia-América Latina e Caribe. O Tribunal julgará a atuação abusiva de empresas transnacionais européias na América Latina, principalmente a violação de direitos humanos, sociais, ambientais e trabalhistas, abordando o regime onde prevalece o poder das corporações sobre os direitos dos povos.

Organizações sociais da Europa e da América Latina pretendem demonstrar com isso que a União Européia vem sendo um importante motor da globalização neoliberal, com acordos de associação e investimento que estabelecem condições para que suas grandes empresas atuem de forma a desrespeitar os direitos dos nossos povos.

Diversas organizações do Brasil apresentarão denúncias contra algumas empresas no Tribunal dos Povos em Lima. Com isso, o Instituto Rosa Luxemburg Stiftung, juntamente com o PACS - Políticas Alternativas para o Cone Sul, está organizando uma audiência pública "Rumo ao Tribunal dos Povos". Nesta audiência serão apresentados os testemunhos sobre casos de violação de direitos humanos cometidos por empresas transnacionais européias no Brasil.

A apresentação dos casos acontecerá na próxima quinta-feira, dia 8 de maio, das 11h às 13h, no Sindipetro-RJ - Avenida Passos, 34, Centro, Rio de Janeiro, RJ.

Os seguintes casos serão apresentados durante a audiência:
  • CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico): Empresa alemã Thyssen-Krupp, envolvida na construção do grande complexo siderúrgico e portuário na Baia de Sepetiba, no Rio de Janeiro, com impactos diretos de poluição na Baía e denúncia de violência contra a comunidade de pescadores. Testemunhas: Pescadores da Baía de Sepetiba e Fórum de Meio Ambiente do Trabalhador.
  • Syngenta: A empresa suíça possui campos experimentais em diversas regiões do Brasil, em desacordo com a legislação de biossegurança e as normas ambientais, sendo que nenhuma das variedades produzidas pela Syngenta foi autorizada comercialmente. A empresa também é uma das transnacionais de biotecnologia que tem desenvolvido tecnologias genéticas de restrição de uso (terminator) e, ilegalmente, patenteou uma destas tecnologias no Brasil. Testemunhas: MST e Terra de Direitos.
  • Shell: Denunciada pelo impacto ambiental e sobre a saúde pública e ocupacional, atingindo toda a população de aproximadamente 45 mil habitantes no entorno do pool da empresa em São Paulo. Testemunhas: Representantes do Coletivo Alternativa Verde (CAVE) e do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo no Estado de São Paulo (SIPETROL).
  • Suez: Impactos sócio-ambientais decorrentes da construção de usinas hidrelétricas no Brasil, em especial as Usinas de Estreito em Tocantins (em construção) e a de Cana Brava em Goías (já construída). Denunciada por provocar dívida ecológica e social em regiões complexas e vulneráveis do ponto de vista ambiental(Cerrado/Amazônia), com sofisticada sociodiversidade também ameaçada pelo avanço da fronteira econômica e da apropriação monopolista dos recursos naturais. Testemunhas: Movimento de Atingidos por Barragens (MAB).
  • Roche e Boheringer: Indústria farmacêutica denunciada por abuso em testes de medicamento, desrespeito à legislação nacional de quebra de direito de patentes. Denunciantes: Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS e Rebrip.
  • Unilever: empresa de capital holandês e inglês, fabricante de diversas marcas e produtos de limpeza e alimentação. Denúncia de violação de direitos trabalhistas e sindicais no Brasil, Chile e Colômbia. Denunciantes: Organização Regional Interamericana de Trabalhadores (ORIT).

Os organizadores convidam a imprensa, o povo, a militância social e ambientalista, os estudantes e acadêmicos, e toda a classe trabalhadora do estado do Rio de Janeiro a participarem desta importante audiência.

Audiência Pública
"Rumo ao Tribunal dos Povos" - testemunhos sobre casos de violação de direitos humanos cometidos por empresas transnacionais européias no Brasil

Dia: 8 de maio
Local: SINDIPETRO/RJ - Avenida Passos, 34, Centro, Rio de Janeiro
Hora: das 11h às 13h.

Contatos:
Ana Garcia: (21) 8111-9921
Sandra Quintela (21) 9292-6472

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Próximo Tribunal Permanente dos Povos será em Lima

Após os tribunais de Russells, nos anos 70, o Tribunal Permanente dos Povos (TPP) ficou estabelecido na Carta de Direitos dos Povos em 1976, na Argélia. Foi formalmente inaugurado como um tribunal de opinião, com sede na Fundação Basso, em Bologna, na Itália, por juristas eminentes e comprometidos, ativistas de direitos humanos e vencedores de prêmios Nobel da Paz, entre outros. Próxima sessão será em Lima, no Peru, de 13 a 16 de maio. Diversas organizações do Brasil apresentarão denúncias contra algumas empresas. Conferência de imprensa apresenta relatos nesta quinta, dia 8 de maio, no Rio de Janeiro.
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Após os tribunais de Russells, nos anos de 1970, o Tribunal Permanente dos Povos (TPP) ficou estabelecido na Carta de Direitos dos Povos em 1976, na Argélia. Ele foi formalmente inaugurado como um tribunal de opinião, com sede na Fundação Basso, em Bologna, na Itália, por juristas eminentes e comprometidos, ativistas de direitos humanos e vencedores de prêmios Nobel da Paz, entre outros.

A próxima sessão do TPP será em Lima, no Peru, de 13 a 16 de maio, no marco de "Enlaçando Alternativas 3" - um encontro de organizações e movimentos sociais paralelo à Cúpula de Presidentes União Européia-América Latina e Caribe. O Tribunal julgará a atuação abusiva de empresas transnacionais européias na América Latina, principalmente a violação de direitos humanos, sociais, ambientais e trabalhistas, abordando o regime onde prevalece o poder das corporações sobre os direitos dos povos.

Organizações sociais da Europa e da América Latina pretendem demonstrar com isso que a União Européia vem sendo um importante motor da globalização neoliberal, com acordos de associação e investimento que estabelecem condições para que suas grandes empresas atuem de forma a desrespeitar os direitos dos nossos povos.

Diversas organizações do Brasil apresentarão denúncias contra algumas empresas no Tribunal dos Povos em Lima. Com isso, o Instituto Rosa Luxemburg Stiftung, juntamente com o PACS - Políticas Alternativas para o Cone Sul, está organizando uma audiência pública "Rumo ao Tribunal dos Povos". Nesta audiência serão apresentados os testemunhos sobre casos de violação de direitos humanos cometidos por empresas transnacionais européias no Brasil.

A apresentação dos casos acontecerá na próxima quinta-feira, dia 8 de maio, das 11h às 13h, no Sindipetro-RJ - Avenida Passos, 34, Centro, Rio de Janeiro, RJ.

Os seguintes casos serão apresentados durante a audiência:
  • CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico): Empresa alemã Thyssen-Krupp, envolvida na construção do grande complexo siderúrgico e portuário na Baia de Sepetiba, no Rio de Janeiro, com impactos diretos de poluição na Baía e denúncia de violência contra a comunidade de pescadores. Testemunhas: Pescadores da Baía de Sepetiba e Fórum de Meio Ambiente do Trabalhador.
  • Syngenta: A empresa suíça possui campos experimentais em diversas regiões do Brasil, em desacordo com a legislação de biossegurança e as normas ambientais, sendo que nenhuma das variedades produzidas pela Syngenta foi autorizada comercialmente. A empresa também é uma das transnacionais de biotecnologia que tem desenvolvido tecnologias genéticas de restrição de uso (terminator) e, ilegalmente, patenteou uma destas tecnologias no Brasil. Testemunhas: MST e Terra de Direitos.
  • Shell: Denunciada pelo impacto ambiental e sobre a saúde pública e ocupacional, atingindo toda a população de aproximadamente 45 mil habitantes no entorno do pool da empresa em São Paulo. Testemunhas: Representantes do Coletivo Alternativa Verde (CAVE) e do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo no Estado de São Paulo (SIPETROL).
  • Suez: Impactos sócio-ambientais decorrentes da construção de usinas hidrelétricas no Brasil, em especial as Usinas de Estreito em Tocantins (em construção) e a de Cana Brava em Goías (já construída). Denunciada por provocar dívida ecológica e social em regiões complexas e vulneráveis do ponto de vista ambiental(Cerrado/Amazônia), com sofisticada sociodiversidade também ameaçada pelo avanço da fronteira econômica e da apropriação monopolista dos recursos naturais. Testemunhas: Movimento de Atingidos por Barragens (MAB).
  • Roche e Boheringer: Indústria farmacêutica denunciada por abuso em testes de medicamento, desrespeito à legislação nacional de quebra de direito de patentes. Denunciantes: Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS e Rebrip.
  • Unilever: empresa de capital holandês e inglês, fabricante de diversas marcas e produtos de limpeza e alimentação. Denúncia de violação de direitos trabalhistas e sindicais no Brasil, Chile e Colômbia. Denunciantes: Organização Regional Interamericana de Trabalhadores (ORIT).

Os organizadores convidam a imprensa, o povo, a militância social e ambientalista, os estudantes e acadêmicos, e toda a classe trabalhadora do estado do Rio de Janeiro a participarem desta importante audiência.

Audiência Pública
"Rumo ao Tribunal dos Povos" - testemunhos sobre casos de violação de direitos humanos cometidos por empresas transnacionais européias no Brasil

Dia: 8 de maio
Local: SINDIPETRO/RJ - Avenida Passos, 34, Centro, Rio de Janeiro
Hora: das 11h às 13h.

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Nem o embaixador da Suíça é notícia

Marcelo Salles, Fazendo Media - "Em nome do governo do meu país, eu quero pedir desculpas". Foi com essas palavras que o embaixador da Suíça, Rudolf Bärfuss, terminou a reunião com uma comissão de mulheres da Via Campesina ocorrida nesta sexta-feira (7/4), em Brasília. Pausa. Você, leitor bem informado pelas corporações de mídia, tomou conhecimento desta informação pelas vias tradicionais? Não?

Então quer dizer que o representante maior da Suíça no país pede desculpas a uma comissão de mulheres da Via Campesina e ninguém publica nada? Isto não seria um fato jornalístico? Segue abaixo a íntegra da nota divulgada hoje pela assessoria do MST, que também desmentiu a versão da Vale do Rio Doce de que o movimento teria feito reféns ontem durante o bloqueio de uma ferrovia que serve para escoar a riqueza brasileira para o exterior:

"Em nome do governo do meu país, eu quero pedir desculpas". Foi com essas palavras que o embaixador da Suíça, Rudolf Bärfuss, terminou a reunião com uma comissão de mulheres da Via Campesina ocorrida nesta sexta-feira (7/4), em Brasília.

O pedido foi direcionado a Íris Oliveira, esposa de Valmir Mota de Oliveira - conhecido como Keno, morto em outubro de 2007, durante um ataque armado à área de experimento transgênico da transnacional suíça Syngenta no Paraná, ocupada pacificamente pela Via Campesina como forma de denúncia.

Emocionada, Íris entregou uma carta ao embaixador, exigindo que o governo Suíço ajude a punir a Syngenta pelo ato de violência e pelos crimes ambientais dos quais é acusada. "Peço que a embaixada se mobilize para ajudar a retirar a Syngenta do país e impedir que outros crimes como o que vitimou Keno voltem a acontecer. Ele foi morto de uma maneira covarde por jagunços que chegaram atirando violentamente", disse. Em resposta, Bärfuss afirmou querer que a Justiça brasileira investigue o caso o mais rapidamente possível. "Irei acompanhar o caso para exigir uma resposta para tal crime, pois nada justifica uma execução como essa, da forma violenta como ocorreu".

Para Maria da Costa, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o pedido de desculpas do embaixador não foi suficiente. "Queremos a responsabilização da Syngenta pelos crimes que ela comete no Brasil descritos na pauta de reivindicações. Em muitos lugares do país, as mulheres estão mobilizadas contra as transnacionais que massacram, violentam e assassinam homens e mulheres em todo o mundo. Queremos garantir que isto não acontecerá novamente".


Trocando em miúdos, quando se trata de preservar interesses políticos e econômicos, nem o embaixador da Suíça é notícia para essa mídia. Pelo contrário, o que eles publicam como verdade são as mentiras de um diretor da Vale. E tem gente que ainda acredita nas corporações brasileiras de mídia.

Via Campesina realiza atos em todo o país no dia das mulheres

Mulheres da Via Campesina se mobilizaram em todo o país nesta sexta-feira, 7 de março, para exigir justiça social e protestar contra a ação violenta das transnacionais e recentes decisões da CTNBio em relação aos transgênicos. Acompanhe como foram as ações.
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Na sexta 7, as mulheres da Via Campesina realizaram ato contra a transnacional Syngenta Seeds no Consulado da Suíça no Rio de Janeiro, país sede desta empresa. As mulheres entregaram uma carta ao Cônsul, exigindo do governo suíço que tome atitudes em relação a esta empresa, sendo responsabilizada pelo ato de violência, crimes ambientais e o apoio na desapropriação da terra onde houve o conflito.

A manifestação faz referência ao fato de a Syngenta Seeds ser responsável pelo assassinato do trabalhador Valmir Mota de Oliveira e pelo ataque ao acampamento da Via Campesina, por via de milícias privadas.

Em São Paulo, as mulheres da Via Campesina ocuparam uma unidade de pesquisa biotecnológico da empresa americana Monsanto e destruíram um viveiro e o campo experimental de milho transgênico, em Santa Cruz das Palmeiras (na altura do km 229 da Anhanguera), no interior de São Paulo, na manhã do mesmo dia.

A Via Campesina protestou contra a liberação de duas variedades de milho transgênico pelo Conselho Nacional de Biossegurança (CTNBio). O governo Lula cedeu às pressões das empresas do agronegócio e liberou, em fevereiro, o plantio e comercialização das variedades Guardian (da linhagem MON810 da Monsanto) e a Libertlink (da alemã Bayer).

Segundo a Via Campesina, a liberação dessas variedades demonstra, mais uma vez, que o governo Lula fez uma opção política pelo agronegócio e pelas grandes empresas estrangeiras da agricultura, deixando de lado a Reforma Agrária e a agricultura familiar.

No Paraná, cerca de 1.500 mulheres da Via Campesina realizaram protestos e mobilizações para denunciar os crimes da Syngenta Seeds, lembrando também a responsabilidade pelo assassinato do trabalhador Valmir Mota de Oliveira e o ataque ao acampamento da Via Campesina, em outubro passado, em Santa Tereza do Oeste, no Paraná. As mulheres se mobilizaram com o lema "Mulheres da Via Campesina em Defesa da Saúde, da Biodiversidade e da Vida!"

Em Londrina, cerca de 300 camponesas protestaram durante todo o dia em frente ao escritório regional da Syngenta, na Av. Tiradentes, esquina com Av. Maringá. À tarde fizeram um ato público, no centro da cidade. No município de Campo Mourão, 300 camponesas também realizaram protestos e ato público em frente ao escritório da empresa, na R. Harrison José Borges, 1201, próximo ao centro.

Na região Oeste, 600 mulheres realizaram uma caminhada entre o trevo de Santa Tereza do Oeste e o campo de experimentos da Syngenta, local do ataque contra os trabalhadores da Via Campesina, que permanecem acampados na área. Durante todo o dia estão previstos depoimentos de viúvas que perderam seus maridos, vítimas da violência do latifúndio no Estado.

Em Ponta Grossa, 200 camponesas protestaram em frente ao escritório regional da Syngenta, na Pça. Marechal Floriano Peixoto. As trabalhadoras distribuiram milho verde crioulo à população em protesto a liberação de duas variedades de milho transgênico pelo Conselho Nacional de Biossegurança.

Na região Centro-Sul, em União da Vitória, 250 camponesas realizam à tarde a Marcha das Mulheres em Defesa da Biodiversidade e contra o Deserto Verde, até a madeireira Miforte, que produz pasta de celulose para exportação. A mobilização denuncia a destruição da mata nativa, que vem sendo praticada há 90 anos pela madeireira, principal responsável pela destruição da Araucária (árvores símbolo do Estado) e Imbuía na região.

Em Brasília, cerca de 400 mulheres também realizaram ato em frente à embaixada da Suíça no Brasil, para manifestar preocupação e indignação com a atuação da transnacional Syngenta Seed no Brasil.

Estava marcada para 9h uma reunião com o embaixador suíço Rudolf Bärfuss. No encontro, as trabalhadoras rurais entregariam uma carta exigindo do governo deste país que responsabilize a Syngenta pelo ato de violência, crimes ambientais e apóie a medida de desapropriação da terra onde houve o conflito.

Os Transgênicos e as transnacionais no Brasil

A expansão dos transgênicos por todo o país tira o controle das sementes dos trabalhadores rurais, passa para as empresas transnacionais e pode inviabilizar a produção de alimentos orgânicos. Um relatório do Greenpeace apontou 39 casos de contaminação e cultivo ilegal de variedades geneticamente modificadas em 23 países. A maior parte deles envolve o cultivo de milho. Desde 2005, já foram identificados 216 eventos de contaminação em 57 países.

Também não existem estudos científicos que garantam que os alimentos transgênicos não têm efeitos negativos para a saúde humana e para a natureza. As dúvidas em relação aos alimentos modificados em laboratórios levam 81,9% do povo brasileiro a rejeitar o plantio de OGMs, de acordo com pesquisa realizada a pedido do Greenpeace.

Atualmente, quatro empresas transnacionais dominam quase todo o mercado de transgênicos no mundo e 49% de todo o mercado de sementes. A Monsanto, por exemplo, detém o controle de 70% da produção de sementes das variedades comerciais de milho no Brasil e agora pode substituí-las por transgênicos.

A Via Campesina denuncia que os transgênicos não são simplesmente organismos geneticamente modificados, mas produtos criados em laboratórios que colocam a agricultura nas mãos do mundo financeiro e industrial. A sociedade não está mais diante da agricultura tradicional, mas de grupos que usam transgênicos para controlar as sementes e impor o uso de insumos e venenos que produzem, privatizando o papel de melhoramento das sementes e cultivo dos camponeses e indígenas.

A proposta das mulheres camponesas para o campo tem base na defesa da soberania alimentar, que prevê que cada país tenha condições de produzir seus alimentos, garantindo sua autonomia criando condições para o combate à fome e ao desenvolvimento da agricultura.

Informações à imprensa:
Rio de Janeiro: Mariana Duque - (21) 9736-3678 / Nívia - (21) 9738-6565 / Bia - (21) 9935-3588
São Paulo: Igor Felippe - (11) 8276-6393 ou (11) 3361-3866
Paraná: Solange (41) 3324-7000 /ou (41) 9900-4971 / Jakeline - (41) 9676-5239
Brasília: Maria Mello - (61) 8464-6176 ou 3322-5035 / Mayrá Lima - (61) 9966-4842


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Via Campesina realiza atos em todo o país no dia das mulheres

Mulheres da Via Campesina se mobilizaram em todo o país nesta sexta-feira, 7 de março, para exigir justiça social e protestar contra a ação violenta das transnacionais e recentes decisões da CTNBio em relação aos transgênicos. Acompanhe como foram as ações.
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Na sexta 7, as mulheres da Via Campesina realizaram ato contra a transnacional Syngenta Seeds no Consulado da Suíça no Rio de Janeiro, país sede desta empresa. As mulheres entregaram uma carta ao Cônsul, exigindo do governo suíço que tome atitudes em relação a esta empresa, sendo responsabilizada pelo ato de violência, crimes ambientais e o apoio na desapropriação da terra onde houve o conflito.

A manifestação faz referência ao fato de a Syngenta Seeds ser responsável pelo assassinato do trabalhador Valmir Mota de Oliveira e pelo ataque ao acampamento da Via Campesina, por via de milícias privadas.

Em São Paulo, as mulheres da Via Campesina ocuparam uma unidade de pesquisa biotecnológico da empresa americana Monsanto e destruíram um viveiro e o campo experimental de milho transgênico, em Santa Cruz das Palmeiras (na altura do km 229 da Anhanguera), no interior de São Paulo, na manhã do mesmo dia.

A Via Campesina protestou contra a liberação de duas variedades de milho transgênico pelo Conselho Nacional de Biossegurança (CTNBio). O governo Lula cedeu às pressões das empresas do agronegócio e liberou, em fevereiro, o plantio e comercialização das variedades Guardian (da linhagem MON810 da Monsanto) e a Libertlink (da alemã Bayer).

Segundo a Via Campesina, a liberação dessas variedades demonstra, mais uma vez, que o governo Lula fez uma opção política pelo agronegócio e pelas grandes empresas estrangeiras da agricultura, deixando de lado a Reforma Agrária e a agricultura familiar.

No Paraná, cerca de 1.500 mulheres da Via Campesina realizaram protestos e mobilizações para denunciar os crimes da Syngenta Seeds, lembrando também a responsabilidade pelo assassinato do trabalhador Valmir Mota de Oliveira e o ataque ao acampamento da Via Campesina, em outubro passado, em Santa Tereza do Oeste, no Paraná. As mulheres se mobilizaram com o lema "Mulheres da Via Campesina em Defesa da Saúde, da Biodiversidade e da Vida!"

Em Londrina, cerca de 300 camponesas protestaram durante todo o dia em frente ao escritório regional da Syngenta, na Av. Tiradentes, esquina com Av. Maringá. À tarde fizeram um ato público, no centro da cidade. No município de Campo Mourão, 300 camponesas também realizaram protestos e ato público em frente ao escritório da empresa, na R. Harrison José Borges, 1201, próximo ao centro.

Na região Oeste, 600 mulheres realizaram uma caminhada entre o trevo de Santa Tereza do Oeste e o campo de experimentos da Syngenta, local do ataque contra os trabalhadores da Via Campesina, que permanecem acampados na área. Durante todo o dia estão previstos depoimentos de viúvas que perderam seus maridos, vítimas da violência do latifúndio no Estado.

Em Ponta Grossa, 200 camponesas protestaram em frente ao escritório regional da Syngenta, na Pça. Marechal Floriano Peixoto. As trabalhadoras distribuiram milho verde crioulo à população em protesto a liberação de duas variedades de milho transgênico pelo Conselho Nacional de Biossegurança.

Na região Centro-Sul, em União da Vitória, 250 camponesas realizam à tarde a Marcha das Mulheres em Defesa da Biodiversidade e contra o Deserto Verde, até a madeireira Miforte, que produz pasta de celulose para exportação. A mobilização denuncia a destruição da mata nativa, que vem sendo praticada há 90 anos pela madeireira, principal responsável pela destruição da Araucária (árvores símbolo do Estado) e Imbuía na região.

Em Brasília, cerca de 400 mulheres também realizaram ato em frente à embaixada da Suíça no Brasil, para manifestar preocupação e indignação com a atuação da transnacional Syngenta Seed no Brasil.

Estava marcada para 9h uma reunião com o embaixador suíço Rudolf Bärfuss. No encontro, as trabalhadoras rurais entregariam uma carta exigindo do governo deste país que responsabilize a Syngenta pelo ato de violência, crimes ambientais e apóie a medida de desapropriação da terra onde houve o conflito.

Os Transgênicos e as transnacionais no Brasil

A expansão dos transgênicos por todo o país tira o controle das sementes dos trabalhadores rurais, passa para as empresas transnacionais e pode inviabilizar a produção de alimentos orgânicos. Um relatório do Greenpeace apontou 39 casos de contaminação e cultivo ilegal de variedades geneticamente modificadas em 23 países. A maior parte deles envolve o cultivo de milho. Desde 2005, já foram identificados 216 eventos de contaminação em 57 países.

Também não existem estudos científicos que garantam que os alimentos transgênicos não têm efeitos negativos para a saúde humana e para a natureza. As dúvidas em relação aos alimentos modificados em laboratórios levam 81,9% do povo brasileiro a rejeitar o plantio de OGMs, de acordo com pesquisa realizada a pedido do Greenpeace.

Atualmente, quatro empresas transnacionais dominam quase todo o mercado de transgênicos no mundo e 49% de todo o mercado de sementes. A Monsanto, por exemplo, detém o controle de 70% da produção de sementes das variedades comerciais de milho no Brasil e agora pode substituí-las por transgênicos.

A Via Campesina denuncia que os transgênicos não são simplesmente organismos geneticamente modificados, mas produtos criados em laboratórios que colocam a agricultura nas mãos do mundo financeiro e industrial. A sociedade não está mais diante da agricultura tradicional, mas de grupos que usam transgênicos para controlar as sementes e impor o uso de insumos e venenos que produzem, privatizando o papel de melhoramento das sementes e cultivo dos camponeses e indígenas.

A proposta das mulheres camponesas para o campo tem base na defesa da soberania alimentar, que prevê que cada país tenha condições de produzir seus alimentos, garantindo sua autonomia criando condições para o combate à fome e ao desenvolvimento da agricultura.

Informações à imprensa:
Rio de Janeiro: Mariana Duque - (21) 9736-3678 / Nívia - (21) 9738-6565 / Bia - (21) 9935-3588
São Paulo: Igor Felippe - (11) 8276-6393 ou (11) 3361-3866
Paraná: Solange (41) 3324-7000 /ou (41) 9900-4971 / Jakeline - (41) 9676-5239
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Via Campesina realiza atos em todo o país no dia das mulheres

Mulheres da Via Campesina se mobilizaram em todo o país nesta sexta-feira, 7 de março, para exigir justiça social e protestar contra a ação violenta das transnacionais e recentes decisões da CTNBio em relação aos transgênicos. Acompanhe como foram as ações. Clique no título.
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Trabalhadores fazem jejum no Rio em apoio a Dom Luiz Cappio
No município de Campos, Rio de Janeiro, cerca de 20 representantes de movimentos sociais estão em jejum desde a manhã desta segunda-feira, dia 10 de dezembro. Este ato é em solidariedade a Dom Luiz Cappio, Bispo da Diocese de Barra (Bahia), que desde o dia 27 de novembro está jejuando em protesto a implementação do projeto de Transposição do rio São Francisco.

Via Campesina ocupa fábricas da Syngenta no interior de São Paulo e litoral do Ceará
Na manhã desta segunda-feira (10/12), 500 trabalhadores rurais da Via Campesina e do MST ocuparam fábrica da empresa transnacional Syngenta Seeds, no município de Paulínia, próximo a Campinas, interior de São Paulo, deixando paralisada as operações da unidade de produção de agrotóxicos. No litoral leste do Ceará, 250 trabalhadores rurais fizeram um protesto na área da empresa, na localidade de Cajazeiras, no município de Aracati. Outras ocupações você acompanha aqui na Agência Consciência.Net, consulte as notícias do dia.

No Espírito Santo, Via Campesina faz protesto contra transnacionais
Cerca de 300 trabalhadores rurais da Via Campesina e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam o trevo da Safra na BR-101 Sul, entre os municípios de Cachoeiro de Itapemirim e Itapemirim (ES), para protestar contra a atuação das empresas transnacionais no Brasil, em especial da Syngenta Seeds, na manhã desta segunda-feira (10/12).

Em Rondônia, trabalhadores marcham contra a privatização do Rio Madeira
No dia do leilão da Usina Hidrelétrica (UHE) Santo Antônio, a primeira hidrelétrica do Complexo Rio Madeira, cerca de mil integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Via Campesina, entidades urbanas e da Bolívia fazem uma grande marcha pelas ruas de Porto Velho. O protesto é contra a venda da concessão do aproveitamento energético da hidrelétrica que acontece hoje (10/12) na Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a portas fechadas.

Julgamento dos acusados da Chacina da Baixada será hoje (10/12), Dia Internacional dos Direitos Humanos
Foi expedida uma liminar, a pedido do Ministério Público (8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio), adiando o julgamento dos policiais militares Fabiano Gonçalves Lopes e José Augusto Moreira Felipe de outubro para dezembro.

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Em Tucuruí (PA), atingidos ocupam obra de eclusa novamente
Após dois meses da primeira ocupação, cerca de 300 pescadores e ribeirinhos voltaram a ocupar o canteiro de obras de uma das eclusas da hidrelétrica de Tucuruí, desde às 3h desta terça-feira (4/12). “Resolvemos voltar ao local e impedir a continuação da obra até que nossa pauta seja atendida pelos órgãos responsáveis, como nos foi prometido anteriormente”, explicou Euvanice Furtado, da coordenação estadual do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Pará.

Justiça do Paraná mantém multa de 1 milhão para Syngenta
A Justiça Federal do Estado do Paraná decidiu que as atividades desenvolvidas pela empresa transnacional de sementes Syngenta Seeds em Santa Tereza do Oeste, na área de amortecimento do Parque Nacional do Iguaçu, são ilegais, confirmando a multa dada em março de 2006 pelo Ibama.

Lideranças Guarani Kaiowá pedem que STF julgue processo sobre terra do povo no Mato Grosso do Sul
Efeitos da homologação foram suspensos por decisão liminar do Supremo em 2005. O cacique Lorentito Vilalva, o professor Dário Peralta e Hamilton Lopes entregarão amanhã (6/12), às 16h, ao Ministro César Peluso, relator do processo no STF, um dossiê sobre as violências praticadas pelos fazendeiros que estão na terra indígena.